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Vítimas de violência sexual têm atendimento especializado no Hospital da Mulher

Saúde - 27/04/2017
Diante de casos de violência sexual, mulheres de diferentes idades, graus de escolaridade, cis e transexuais podem buscar o atendimento especializado do Hospital da Mulher, no Largo de Roma, em Salvador. Um núcleo multidisciplinar, formado por médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais, foi criado para atender especialmente esse público. A equipe presta todo o apoio e suporte que essas mulheres precisam, como primeiros cuidados médicos e acompanhamento psicológico. 
Vinte e quatro horas por dia, o núcleo atende mulheres que chegam à unidade por vontade própria, direcionadas por órgãos policiais e judiciais ou referenciadas pela Central de Urgências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), postos de saúde e outros locais. Desde que foi inaugurado, o núcleo já prestou assistência e realiza acompanhamento de 37 vítimas. Segundo a coordenadora do serviço, a médica Alcione Bastos, o hospital está pronto para receber vítimas de qualquer tipo de violência sexual da maneira mais humanizada possível.
“É um serviço que não depende de regulação e é importante que as pacientes saibam disso. Atendemos por demanda espontânea de qualquer lugar do estado da Bahia. A equipe multiprofissional está preparada para receber essas mulheres e realizar qualquer procedimento que ela precisar, entre exames clínicos, laboratoriais e profilaxia. Passado esse primeiro momento, programamos tudo para que a paciente só saia daqui com a medicação de emergência, caso necessário, e com agendamentos para o serviço de psicologia. Caso a mulher queira, ela pode ser atendida pelo psicólogo também no mesmo dia do atendimento”, explica a coordenadora.
Serviço 
Desde a chegada ao Hospital da Mulher, as vítimas de violência sexual recebem atenção especial. Uma recepção no térreo do hospital, diferente da recepção para consultas ambulatoriais, realiza o cadastro e as encaminha imediatamente para um acolhimento com profissional da enfermagem. Essas mulheres recebem código vermelho e têm prioridade no atendimento. 
As pacientes passam, então, por um exame clínico com médico ginecologista e, caso necessário, infectologista. Os casos graves podem ser encaminhados para o centro cirúrgico na unidade. Além do tratamento diferenciado, uma sala de observação - com cinco leitos - está disponível especificamente para casos de violência sexual. 
Acompanhamento
Existe ainda orientação e agendamento para acompanhamento psicológico e ginecológico por pelo menos seis meses. “Não temos apenas a visão do atendimento imediato dessas mulheres, acompanhamos o lado emocional e psicológico. Nos preocupamos com elas a longo prazo. Levamos em conta todos os sintomas que podem ser acarretados pelo estresse pós-traumático e que podem trazer consequências para a vida dela; na vida social, no ambiente de trabalho, nas relações familiares. Entendemos a violência sexual na sua perspectiva ‘macro’”, acrescenta a coordenadora. 
Secom/GOVBA
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