Resiliência. Esta palavra resume a história de vida de Claudio Vieira, portador de rara doença. Ele falou para os estudantes da FTC na noite de segunda-feira (14) e na manhã desta terça-feira (15), passando para eles a sua experiência de vida. Otimista, apesar da deficiência física, ele emocionou o público com uma mensagem de esperança e valorização da vida e de outro.

No cotidiano, Claudio lê revistas, livros. Assiste TV, telejornais, novelas, programas educativos.  Apesar das limitações que a doença lhe impõe, procura não depender totalmente das pessoas. Liga e desliga aparelhos domésticos, atende o celular, digita em teclado de computadores, escreve. Tudo isso com a boca. E dança. Sai com amigos, viaja. Gosta de viver!

Ele disse que sempre teve os pés no chão e a consciência de que não pode e não deve reclamar da vida. E assim tem feito. Está sempre se movimentando. Além das palestras motivacionais, também exerce a profissão de contador. Atualmente é  Diretor Fiscal do Sindicato dos Contabilistas do Estado da Bahia. “Esse período agora tem sido muito produtivo. As pessoas têm me procurado para fazer a Declaração do Imposto de Renda”,  completou.

 Ex-aluno da FTC Feira, onde concluiu o curso de Ciências Contábeis. Cláudio falou  sobre a sua experiência como estudante da instituição, acentuando que, ao contrário do que esperava, não encontrou barreiras. “Desde o começo sempre tive um bom convívio com os professores e com os colegas, que, solidários com a minha condição, a todo momento procuravam me ajudar. Eu tinha chegado do interior (Monte Santo, sua cidade natal)  para mim era tudo novo”.

Apesar da deficiência física, Claudio não aparenta ter complexo. E agradece à sua família que nunca o enxergou como um deficiente, pelo contrário, sempre o tratou com igualdade. “Hoje tenho a oportunidade de dividir minha história de superação e perseverança em palestras que realizo. E é isso que me fortalece”, concluiu.

Estagiário do setor de marketing da FTC, o estudante Arthur Monteiro ficou encantado com a palestra de Cláudio. “Percebi o valor de um sorriso. A alegria que passa para o público é contagiante. Mesmo sem vontade de sorrir, a gente acaba sorrindo. E a alegria toma conta um do outro passando para aqueles que nos cercam, motivando sempre. Em dado momento uma aluna perguntou para Cláudio: você sente dores? Com um largo sorriso ele respondeu:  Só dores de amor”