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Estudantes vencedores da Olimpíada Brasileira de Química recebem medalhas em São Paulo

Educação - 08/12/2019
Estudantes vencedores da Olimpíada Brasileira de Química recebem medalhas em São Paulo Foto - Milena Carvalhal

A sólida base construída em sala de aula, estudos extras e calma na hora de fazer a prova. Esses foram alguns fatores determinantes para que três alunos da Escola João Paulo I (JPI), em Feira de Santana, se tornassem medalhistas na Olimpíada Brasileira de Química Júnior, conforme os próprios relataram. Ana Luiza Figueiredo, Guilherme Silva e Arthur Henrique Batzakas, do 9º Ano, receberam o bronze no último final de semana, em cerimônia realizada na Universidade de São Paulo (USP).

 

Feliz com o resultado, Ana Luiza afirmou que se não tivesse desenvolvido em sala de aula a base da disciplina de Química, ensinada pelo professor Ricardo Menezes, não teria conquistado a medalha. Ela também disse que aprofundou o conhecimento em aulas extras, na própria Escola JPI, e em casa estudando pelos livros da mãe, que é professora da matéria. A dica que ela tem para o aluno que pensa em disputar uma olimpíada é, além de se empenhar nos estudos, manter a tranquilidade na hora de fazer a prova.

 

Guilherme Silva e Arthur Batzakas reforçaram a importância do aprendizado em sala de aula e demonstraram empolgação para novas conquistas. “Como temos a disciplina de Química na escola, a gente tem essa base”, declarou Guilherme. “Temos que agradecer a Escola JPI e lutar para conseguir mais medalhas”, pontuou Arthur.

 

A conquista dos estudantes é, na avaliação da diretora do Ensino Fundamental Fundamental II, Cássia Braz, uma mostra do quanto vale a pena investir no processo de ensinar. “É nesse conhecimento que apostamos, é para que ele seja construído que as tecnologias são planejadas em sala de aula, porque nós acreditamos que a escola é o espaço do aprender, buscar novas estratégias de ensino, dar o atendimento individual. Cada vez que a gente vê um aluno aprendendo e esse aprendizado é reconhecido não só em nível local, mas também nacional, para nós é muito grandioso. A gente vê que vale a pena!”, destacou, orgulhosa.

 

Quem também comemorou o desempenho dos estudantes foi a coordenadora do Fundamental II, Edinália Aquino. “‘O Brasil precisará de químicos’. Que afirmação estimulante! E sabe quem está nesta lista de iniciantes pesquisadores? Os nossos alunos do 9º ano. Química é vida; por isso deu impulso aos nossos estudantes, pelo prazer que o saber traz”, frisou. Ela complementou parafraseando o físico Albert Einstein. “‘Uma mente que se abre para uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original’. O futuro é desses jovens que se lançaram ao desafio, que compreenderam que aprender não é apenas para passar num vestibular, mas para transformar o mundo num lugar melhor, mais humano, com maior qualidade de vida e maior equidade. É emocionante ver jovens do Nordeste ‘invadindo’ o campus da USP para serem premiados”, comemorou.

 

Mãe de Arthur, Irine Batzakas também acompanhou os estudantes na viagem para receber as medalhas em São Paulo, o que considerou muito gratificante. Entre os marcos da experiência, ela destacou as palavras ditas por professores, reitores e doutores da USP, que incentivaram os alunos a continuarem em busca de conhecimento e contribuindo para o futuro do Brasil. “Outro aspecto importante é que a olimpíada já é aceita para o ingresso em grandes universidades como a USP. Sou muito agradecida à Escola JPI pela oportunidade de participar desse momento e pela qualidade do ensino dela”, assinalou.

 

No mês de agosto, a USP disponibilizou 113 vagas em 60 graduações para o os alunos que se destacaram em competições de conhecimento no Ensino Médio. Ainda neste ano, a Unicamp (Universidade de Campinas) abriu 90 vagas também para estudantes com destaque em olimpíadas de conhecimento no segmento citado. “Acredito que outras universidades adotarão essa forma de ingresso. Na nossa escola, os alunos participam das olimpíadas já no Fundamental II, o que faz com que eles cheguem ao Ensino Médio mais preparados para as olimpíadas dessa etapa educacional e, por consequência, tenham maiores chances de ingresso nas universidades”, acrescentou a coordenadora Edinália Aquino.

 

Em seu discurso, o presidente do Conselho Federal de Química (CFQ), José de Ribamar Oliveira Filho, afirmou que o caminho da ciência é tortuoso, difícil, às vezes solitário, outras vezes incompreendido, mas também é compensador e transformador. “Será um prazer tê-los como colegas no futuro nem tão distante. O que me impede de imaginar que um de vocês aqui, nesta sala, será o primeiro prêmio Nobel brasileiro na história?”, questionou.

 

Recentemente, as estudantes Estela Maria, Alice Costa e Maria Clara, todas do 8º Ano da Escola JPI, conquistaram medalhas de bronze na Olimpíada Brasileira de Geografia e de Ciências da Terra (GeoBrasil – OGB). Essa competição foi realizada neste segundo semestre e teve resultado divulgado no mês de setembro.

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