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Franklin Maxado canta "Nordeste Cariri" no Vozes da Terra

Música - 22/08/2014

NORDESTE CARIRI, música finalista do XII Festival Metropolitano “Vozes da Terra”, que será interpretada sábado (dia 30 de agosto de 2014), a partir das 19h, pelo autor Franklin Maxado, no Centro Cultural Amélio Amorim, em Feira de Santana, Bahia. (Obs.: guarde esta letra, que é um documento histórico e de pesquisa)

                                   Cariri é índio

que não se deixa apanhar.
Cariri é índio
que não deixa domar, oi  - 2x
 
Português veio pra cá
como colonizador.
Quis  fazer do índio, escravo.
Cariri não aceitou.
Fugiu pra todo sertão
de Pirapora a Penedo
pelo  Rio São Francisco
mostrou que não tinha medo, oi...
Cariri, etc..  2x

Em todo interior
do meu sofrido Nordeste,
deu jagunço e Lampião
e os seus cabras da peste.
E eu que  sou um peão
e que canto este Forró,

sou da raça Cariri
lá do meu Cocorobó, oi...
 
Cariri etc. (improviso)

A feirense Maria Quitéria, maior heroína do Brasil, era mestiça de índia com português. Foi guerreira como muitos de sua raça que enfrentavam os colonizadores brancos  com lanças, arcos e flechas  numa luta desigual contra  trabucos, bacamartes e até canhão.

Quando estudamos a História do Brasil, vemos que os índios se dividiam basicamente em dois   grupos: os de Lingua Geral como eram os Tupis-Guaranis, mais pacíficos e que habitavam preferencialmente o litoral. Se dedicavam mais à pesca, caça, agricultura e artesanato.

E, os Gês ou Tapuias, que eram guerreiros. Tinham uma linguagem travada e eram nômades. Viviam em lutas sempre contra outras tribos para tomar coisas produzidas por elas. Após a chegada dos portugueses, foram recuando ou fugindo para o sertão, notadamente para as margens de rio São Francisco.

Na sua cultura, havia a pintura do corpo para a guerra, numa espécie de camuflagem e meio para assustar. Também, se preparavam dançando o “Toré”, onde invocavam os espíritos dos animais valentes ou o afastamento dos maus e de doenças, além a proteção dos deuses e de Tupã, o senhor do trovão. O “Toré” também é uma celebração de vitórias ou de comemoração por boas colheitas, caça e pesca. Pode ser ainda uma decretação de uma guerra.

 Muitos índios depois participaram da Guerra de Canudos a favor do beato Antonio Conselheiro contra o Exército Brasileiro. Entretanto, a maioria das valentes tribos Cariris se fixaram nos sertões da Bahia, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Ceará, até norte de Minas Gerais. Enfim, interior do Nordeste, região esta que deu muitos mestiços  vaqueiros, jagunços e cangaceiros. Gente destemida e guerreira da qual descende o cantor Luiz Gonzaga, os jagunços do Padre Cícero do Juazeiro e os cangaceiros Lampião, Dadá de Corisco, Balão e tantos outros.

NORDESTE CARIRI, música finalista do XII Festival Metropolitano “Vozes da Terra”, que será interpretada, no dia 30 de agosto de 2014 (sábado), a partir das 19h, pelo autor Franklin Maxado, no Centro Cultural Amélio Amorim, em Feira de Santana, Bahia.

O poeta Franklin Maxado é um feirense que está completando 50 anos de Jornalismo, Literatura e Arte, sendo considerado o renovador do tradicional Cordel tendo publicado cerca de 400 folhetos, entre os quais “O Índio Não É Bicho”, “Dos Índios Payayás, Saiu Maria Quitéria, Maior Heroína do Brasil”, “Caramuru com Duas Índias Suas Ajudaram os Portugueses a Fundar Salvador", “O  Negro Também é Gente”, “Vida e Morte de Lucas da Feira, o Negro Escravo Assaltante, entre eles.

No próximo dia 11 de setembro, no MAC-Museu de Arte Contemporânea, lançará dois folhetos seus escritos recentemente em Portugal “O Que Vi em Portugal” e “Aventuras e Desventuras de Maria Venturosa, uma Lusa que se Achou no Brasil”.

Publicou também os livros: “O Que É Cordel na Literatura Popular”, “Cordel, Xilogravuras e Ilustrações”, O Cordel Televivo”, “Lampião e o Cangaço  na Literatura de Cordel”, o “Álbum Feira de Santana-Bahia” e os livros de Poesia: “Protesto à Desuman-Idade”, “Profissão de Poeta” e “Negramafricamente”. Outros livros estão escritos e brevemente teremos outras edições.

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